O sol esqueceu-nos ontem sobre a areia,
envolveu-nos o rumor suave do mar,
o teu corpo deu-me calor,
tinha frio.
E alí, na areia,
entre nos dois nasceu este poema,
este pobre poema de amor
para ti.
Meu sonho em flor
na historia do amor
mais eterno,
é humilde, gentil,
é chuva de Abril
no inverno.
Meu suave amanhã,
meu velho refrão,
dum poeta.
A fé que perdí,
meu caminho
e minha estrada.
Meu dôce prazer,
meu sonho de ver
a tua imagem,
é a brisa a cantar
no sol a brilhar
na paisagem.
Meu manancial,
da luz celestial
é a riqueza
que eu tenho a olhar
meu ninho, meu lar
de nobreza.
Sem ti a meu lado
sou um barco parado
na areia,
onde eu te sentí,
onde te escreví
meu poema.