Ranchito, costa de mato
Lindeiro com o corredor
Onde vive um amor
Que se me foi pelas mano
Noite clara, alguns anos
Mascava um potro o pañuelo
E luzia meus aperos
Baho duma lua estampada
Ranchito de pedra e quincha
Qual da sombra uma tala
Não se assoma mais a guaina
Nem pa’curociar quem passa
Mas, aí, tranço meu rastro
Quando dou volta pra estância
E sigo, nesta constância
De rever a flor morena
Noite dessas que, de volta
Costeei manso, rancho e tala
Vi dois brilhos no escuro
Me buscando a mirada
Conheceu ali, por certo
Flor morena de mi alma
O compasso das chilenas
E o luzir de minhas galas.