Eu conheço a tua estrada,
cada passo que farás,
as tuas ânsias fechadas e os
vazios,
pedras que ficarão longe
sem nunca pensar que
como roxa eu volto em você...
Eu conheço os teus respiros.
tudo aquilo que não queres.
Você sabe bem que não vivi,
reconhecê-lo não podes.
E seria como se
este céu em chamas
recaísse em mim,
como cena sobre um ator...
Por amor,
nunca fez nada
só por amor,
tens desafiado o vento e
nunca gritou,
idealizou o mesmo coração,
corrompido e riscommesso,
atrás desta mania
que fica só para mim?
Por amor,
nunca correste sem força
por amor,
perdido e recomeçado?
e deves dizer-lo agora
quanto de você está no meio,
quanto você acreditou
nesta mentira.
E seria como se
este rio em abundância
viesse contra mim,
como declinação de um pintor.
Por amor,
nunca gastaste tudo quanto,
a razão,
o teu orgulho até o choro?
Sabes esta noite fico,
não tenho nenhum pretexto,
só tanto uma mania
que fica forte dentro desta
minha alma que arrancas
fora. E te falo agora,
sincero como sempre,
quanto me custa saber
que não és minha.
E seria como se
todo este amor
afogasse em mim.