MURCHA
Murcha seja a flor
Longínquo passado, sua plenitude e beleza
Esquecida no leito de pedra
Esta silenciosa tumba na ladeira
De cobre seja o aperto
Desta terra de madeira
Uma áspera e fria manopla
Esconde a mão de ossos
Lágrimas outrora aqueceram o solo
Separou-se de olhos que já não podiam mais chorar
Compaixão para o vento levar
Seus sentimentos pelo pobre bastardo
Uma vida de miséria e ódio
Sobre uma chance, uma reviravolta do destino
O veneno do cálice desceu
Pela garganta de seu homem bêbado