Culpa na pele
Este vazio,
estes chãos ocos respirando
cada passo dentro daquela tristeza.
E eu menti, eu menti que você sobreviveria.
Estes chororos,
estes tempos chorosos que duram anos...
Ainda assim você é a única que encara isso.
E eu menti.
E eu menti que nós ficaríamos bem.
O ímpeto que eu já matei,
a luxúria que eu já derramei em você.
Seus olhos me fazem desejar isso.
Estranhos calafrios, em estranhos caminhos essa noite.
Alguma coisa levou a alegria que eu tinha juntado
e eu senti,
e eu senti toda a beleza morta.
Essas chorosas,
essas noites chorosas que duram a eternidade...
Ainda assim eu sou o único a encarar isso.
E eu senti,
e eu senti toda a crueldade acabar.
Ela dança no lado escuro da Lua,
ela é uma overdose,
a beleza no frio.
Só para eu me sentir vivo,
só para eu sentir a cupa na pele,
seu sangue, sua carne
fazem-me desejar por isto.
Esse ímpeto que eu já matei,
a luxúria que eu já derramei em você.
Seus olhos fazem-me desejar isto..