A língua e a bainha


Não restarás louca como um rei
Num labirinto de sonhos e temporais
Não sofrerás pena
Nem terás tormento e fúria dos mitos da escuridão

De teus roucos mais secretos
O teu fogo na dureza da manhã
Mudará em cinza

Terás lençóis claros
E os cristais todos no meio
Com a marca do teu brasão

Sete espelhos das canárias
Dos quintais do fora louça de Aragão
E aventais negros

Não temerá sonhar como um rei
Um labirinto de gritos e temporais