Minha vida murcha, minha visão se ofusca
Tudo que sobra são memórias
Eu lembro de um tempo de caos
Tempo de guerra
Como homens começaram a aproveitar-se do homem
Somente os podres sobreviveram
Perdidos agora, varridos pra longe
por razões há tempos esquecidas
Emocionados por um blasé
O qual afundou todas elas
Uma tempestade de medo
A resposta está escrita em seus ossos
Toda vida acaba
Eu lembro de um homem velho
Apertando meu pulso, ele estava morrendo
"Imagine", ele disse
"inspecionando os olhos de uma estrela nova,
as chamas explosivas, o rugido de sua energia
Imitando os corredores do tempo,
sussurrando: toda vida acaba
"morte, ele disse, é como uma peneira de iluminação
a luz invade cada segredo,
por um momento, até que a última faísca de vida acabe
e tudo é escuro..."
Então ele deu o último suspiro no meu ouvido
seu olhar fixo já aparece entre as estrelas...
entre as ruínas do passado
eu me defendo da tempestade
minha mente está entorpecida da solidão
e a chuva que nunca pára
esta terra devastada, uma vez um bonito lugar
onde árvores e flores cresceram
onde cervos e esquilos tinham sua morada
Agora a podridão são seus ossos
onde intensas águas trituram a areia
eu vou para finalizar meus dias
o mar que testemunha o aniversário da humanidade
deve nos assistir morrer de novo
escura e profunda
vazio de vida
como no céu assim inferior
o sol agora para sempre endurece
e mostra nosso tempo para partir
Eu estou cansado
E não sinto medo
Do frio que agora aumenta
assim como a luz se ofusca, eu tento me despedir
toda vida acaba
Eu estou deixando agora, meu cadáver
assistir por um momento
aquela concha ridíga, tão pequena e fraca
um cadáver num rochedo íngreme
As estrelas estão me chamando agora
com distância, silenciosas vozes
e chamado por um vento que eu flutuo
e nada me chama para ficar...
Eu estou cavalgando no vento sem nome,
o fogo que queime sem uma chama
chamado pelo feitiço de qual tudo depende
toda a vida acaba
a resposta está escrita nos meus ossos,
toda vida acaba.