Balear O Céu Azul
No vento que sopra vem uma chuva picante
Vejo que chove pregos nas almas sobre a árvore da dor
Do vaga-lume, um brilho alaranjado vermelho
Vejo a face do medo correndo assustada
No vale abaixo
Balear o céu azul
Balear o céu azul
Balear o azul
Balear o azul
No vento dos gafanhotos vem um chocalho e um zumbido
Jacó lutou contra o anjo e o anjo foi derrotado
Plante uma semente do demônio, você constrói uma flor de fogo
Veja-os queimando cruzes, veja as chamas
Ficando cada vez maiores
Balear o céu azul
Balear o céu azul
Balear o azul
Balear o azul
Este rapaz se aproxima de mim
O rosto dele vermelho como uma rosa num espinheiro
Como todas as cores de uma florescência real
E ele está descascando aquelas notas de dólar
Dando tapas nelas
Cem, duzentos
E eu posso ver aqueles aviões de guerra
E eu posso ver aqueles aviões de guerra
Pelas cabanas de barro onde as crianças dormem
Pelas vielas de uma cidade tranqüila
A escadaria leva ao primeiro andar
Vire a chave e lentamente destranque a porta
Enquanto um homem respira num saxofone
Pelas paredes nós ouvimos a cidade roncar
Lá fora é a América
Lá fora é a América
Pelos campos você vê o céu rasgado e aberto
Vê a chuva passar pela ferida aberta
Batendo nas mulheres e nas crianças
Que correm em direção aos braços da América.