The Man From The Oldest Buildings (en portugues)


O homem do prédio mais velho

Se eu pudesse curtir
A música no ar
Se eu pudesse dançar por aí
Se eu fosse daquele tipo que
Luta pra viver
Sem nunca se preocupar

E num prado verde
Eu correria até ficar leve
E nos retratos, ficasse ‘bem na foto‘
E em todas as ruas
Existisse alguém lá
Para me dar um abraço apertado

Mas eu nunca vou
(Nem ao menos tento)
Onde os outros vão
(Eu nem choraria por eles)
E o discernimento que eu tenho
Ninguém mais vai ter

Ninguém está lá
Quando eu subir a escada
E ninguém está
Assistindo meus filmes
Os filmes onde vivo
Ninguém na calçada
Do meu lado
Ninguém vai pedir
Minhas tortas
E para me acompanhar neste
Meu drink do inferno*
Não há ninguém

E eu vou para casa
Encontrar minha cadeira recém comprada
E assobio algo no ar
Então a porta do elevador se abre
E lá está você

Tudo ao seu redor
Tem cheiro de novo
Tudo em você
Resplandece à visão
Quando liguei as luzes
E fechei a porta
Lá estava você

Veja minha mobília
(experimente minhas almofadas empoeiradas)
Veja a paisagem da minha janela
(Há um morcego dançando)
Eis aqui meus selos antigos
É, eu coleciono este tipo de coisa

Mas esqueci
De me apresentar
Eu sou o cara
Da mais antiga das construções
Da festa mais vazia
Das roupas mais estranhas
No topo das listas daqueles
que não têm compromisso sério
Mas ainda possuo uma chama
De um dia mudar e aprender.
Ah, por favor, queira sentar-se....